ISABELLE

ANCHIETA

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CURSO COMPLETO

A HISTÓRIA DAS IMAGENS DA MULHER NO OCIDENTE MODERNO

O curso é fruto de oito anos de pesquisa, na qual a professora se debruçou por pinturas, esculturas, panfletos noticiosos e filmes dos arquivos de bibliotecas da Alemanha e Suíça, museus da Europa e até dos estúdios de Hollywood.  

Entre as diversas imagens femininas, abordaremos aquelas que se popularizaram no Ocidente por meio de estereótipos: a bruxa, a índia tupinambá canibalMariaMaria Madalena e as estrelas hollywoodianas.  

Primeiro, elas lutaram para humanizar-se no fim da Idade Média, tentando desvencilhar-se de um destino de extremidades, bruxas ou santas. Descê-las do pedestal e retirá-las da boca do inferno foram os primeiros passos para que, enfim, a modernidade levasse sua encarnação a cabo. O movimento seguinte foi o de individualização, com o desejo de ser única e reconhecível. Na remontagem histórica vamos perceber a transição de uma “personagem a uma pessoa” vivenciada pelas mulheres. 

 

BRUXAS

UMA SOCIOGÊNESE VISUAL DA
DIABOLIZAÇÃO DA MULHER

No curso remontaremos a sociogênese das imagens das bruxas e das índias tupinambás canibais e as suas mútuas contaminações durante os séculos XV e XVI.

Ambas são imagens compostas por fortes tintas ficcionais que lhes acabam por retirar a humanidade. Tornam-se sobre- subumanas produzindo um temor amalgamado por repulsa, atração, transgressão e pela tentativa do controle dos sentimentos.

São, sobretudo, imagens detentoras de uma marginalidade atrativa. Imagens que se encontram, desvelando um dos modus operandi da imagem: a contaminação, no caso mútua. Conheceremos o diálogo entre essas imagens que tanto atormentaram e enfeitiçaram os homens na transição da Idade Média para a Moderna e sua transformação nesse encontro. 

TUPINAMBÁS CANIBAIS

UMA SOCIOGÊNESE VISUAL DA
DIABOLIZAÇÃO DA MULHER

No curso remontaremos a sociogênese das imagens das índias tupinambás canibais e as suas mútuas contaminações com as bruxas durante os séculos XV e XVI. Ambas são imagens compostas por fortes tintas ficcionais que lhes acabam por retirar a humanidade.

Tornam-se sobre- subumanas produzindo um temor amalgamado por repulsa, atração, transgressão e pela tentativa do controle dos sentimentos. São, sobretudo, imagens detentoras de uma marginalidade atrativa. Imagens que se encontram, desvelando um dos modus operandi da imagem: a contaminação, no caso mútua.

Conheceremos o diálogo entre essas imagens que tanto atormentaram e enfeitiçaram os homens na transição da Idade Média para a Moderna e sua transformação nesse encontro. 

MARIA

UMA SOCIOGÊNESE DA IDEALIZAÇÃO DA MULHER

Neste curso, iremos nos concentrar na remontagem da imagem de Maria. Conhecida por um nome e representada de mil maneiras: de Virgem a Negra.

Impressionantemente flexível, mas coerente na proposta de representar o ideal de uma imaculada bondade, a Virgem é ao mesmo tempo única e mediadora de todos, incorporando e atuando nos mais diversos conflitos de ordem religiosa, moral e econômica. Atende aos anseios de legitimação e poder da Igreja, mas também é a imagem escolhida pelos mendicantes como bandeira da reforma interna da Igreja.

Nas Américas se torna Negra e funciona como uma mediação afetiva para dulcificar os ânimos, auxiliando a colonização e o contato entre o Novo e o Velho Mundo. É, em contrapartida, a grande a vilã dos protestantes e de certa forma das mulheres casadas e das prostitutas. Mas, apesar de tantos embates, mudanças iconográficas e pathos morais, algo se processa: sua humanização _ ainda que incompleta. Seu limite estava demarcado na ausência de sua sexualidade.

Apresento nesse sentido sua difícil aderência para mulheres que “perderam o selo virginal” (as casadas e as prostitutas). Uma pedagogia visual moral que concorria com as imagens pornográficas que circularam intensamente, como se verá. Disputas que não impedem que Maria seja a imagem mais bem-sucedida e popular criada pela religião ocidental. Ainda que não possa ser, como Deus foi para o homem, a imagem da mulher. 

MARIA MADALENA

UMA SOCIOGÊNESE DA HUMANIZAÇÃO DA MULHER

A mais humana das santas, Maria Madalena. Carnal, pecadora. Ela forja-se em uma direção improvável para a Virgem, inaugurando uma pedagogia da salvação às avessas: do pecado à santificação. O que implicava submeter-se a uma eterna expiação e penitência, negando o seu ser no mundo.

Um autoabandono. Sinônimo do arrependimento, Madalena foi a imagem preferida pelos mendicantes. Chegando a ser, durante a Reforma e a Contrarreforma, a imagem que concorre com a da Virgem, ocupando o centro da Cruz _ mesmo que aos pés dela. Madalena é um sintoma de uma mudança de mentalidade em curso na direção da humanização e desencantamento do mundo.

Um curso que trata, nesse sentido, de distintas modernidades dentro da modernidade, seguindo os passos da imagem. Ao fim, iremos analisar as apropriações dessas imagens na arte moderna e contemporânea especialmente nos trabalhos de Manet, Cézanne, Picasso, René Magritte e Cindy Sherman. 

STARS DE HOLLYWOOD

UMA SOCIOGÊNESE VISUAL
DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA MULHER

PARTE 1: AS PRIMEIRAS STARS DO CINEMA

As imagens em movimento das Stars de Hollywood criam uma forma inédita de estereótipo: personalizado, com um rosto, por assim dizer. Imagem que testemunha e, em grande medida, cria um novo sistema de relações sociais centrado no indivíduo e amalgamado por realidade e fantasia.

Haverá o estereótipo de Mary PickfordTheda Bara, Greta Garbo, Bette Davis, Marilyn Monroe e Audrey Hepburn _ para nomear algumas das estrelas selecionadas para este curso. Mulheres que representam anseios modernos, mas também criam comportamentos sociais inéditos.

Oferecem “esquemas de conduta” para as pessoas comuns. Passando dos padrões de embelezamento, vestuário ao maneirismo com o objetivo de obter um suposto sucesso social. São imitadas, misturadas, adoradas, mas também descartadas pelo público. Funcionam como uma instituição pedagógica movediça da modernidade. Analisaremos a sua conformação revelando uma história social das imagens do cinema.

Como elas dialogam com as imagens que as precedem, mas como também criam uma história que lhes é própria. Ao fim, iremos analisar as apropriações dessas imagens na arte contemporânea especialmente nos trabalhos de Martha Rosler, Mel Ramos, Lauren Greenfield’s. 

STARS DE HOLLYWOOD

UMA SOCIOGÊNESE VISUAL
DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA MULHER

PARTE 2: AS STARS DO CINEMA PÓS ANOS 40

As imagens em movimento das Stars de Hollywood criam uma forma inédita de estereótipo: personalizado, com um rosto, por assim dizer. Imagem que testemunha e, em grande medida, cria um novo sistema de relações sociais centrado no indivíduo e amalgamado por realidade e fantasia.

Haverá o estereótipo de Mary PickfordTheda Bara, Greta Garbo, Bette Davis, Marilyn Monroe e Audrey Hepburn _ para nomear algumas das estrelas selecionadas para este curso. Mulheres que representam anseios modernos, mas também criam comportamentos sociais inéditos.

Oferecem “esquemas de conduta” para as pessoas comuns. Passando dos padrões de embelezamento, vestuário ao maneirismo com o objetivo de obter um suposto sucesso social. São imitadas, misturadas, adoradas, mas também descartadas pelo público. Funcionam como uma instituição pedagógica movediça da modernidade. Analisaremos a sua conformação revelando uma história social das imagens do cinema.

Como elas dialogam com as imagens que as precedem, mas como também criam uma história que lhes é própria. Ao fim, iremos analisar as apropriações dessas imagens na arte contemporânea especialmente nos trabalhos de Martha Rosler, Mel Ramos, Lauren Greenfield’s.