Resultado de oito anos de pesquisa de campo, em diversos países, a obra está dividida em três volumes. O primeiro estabelece um diálogo entre as imagens das bruxas da Idade Média e as das índias tupinambás canibais; o segundo volta-se às diferentes representações de Maria e Maria Madalena; já o último aborda as transgressões das estrelas de Hollywood.
As obras contam com apresentações da historiadora Lília Schwarcz, da socióloga Maria Arminda do Nascimento Arruda e do antropólogo Máximo Canevacci.“Nos três livros que compõem a série, Isabelle Anchieta inaugura, entre nós, um estilo de reflexão que explora as múltiplas possibilidades de interpretação das imagens na perspectiva sociológica.
É uma obra originada no manejo da mais fina artesania”, pontua a socióloga Maria Arminda do Nascimento Arruda
Joana D Arc e Maria Quitéria . Apesar das muitas diferenças que as separam, muitas linhas as unem para dar forma a uma revolução sedimentada que só hoje se consolida: a da autodeterminação.
A de viver de acordo com nossos anseios primordiais, a despeito de todas as restrições: morais, religiosas, legais e institucionais.
Mulheres que compartilhavam uma inusual vocação militar e que, contra todas as probabilidades de realizarem tal desejo, tornam-se heroínas nacionais. Vamos elucidar o estranho sucesso dessa empreitada, já que ela não é – e nem poderia ser – solitária e voluntariosa.
Um livro que retrama a rede social por meio de imagens e representações visuais dessas heroínas (imperfeitas), desvelando como elas, astuta e frontalmente, dão forma à “expressão de si”, assim como apontam para algo que nos falta: a luta por um futuro comum, por um propósito que nos una e nos ultrapasse.